quinta-feira, 4 de junho de 2009

Friederich Engels e Karl Marx, Diogo Correia, 11ºC

Friederich Engels
Nasceu em 28 de Novembro de 1820 e morreu em 5 de Agosto de 1895. Era mais velho de nove filhos de um rico industrial de Bremen (Alemanha), é o principal colaborador de Karl Marx na elaboração das teorias do materialismo histórico. Foi um economista e teórico, ligado á esquerda hegeliana, (onde conheceu Marx) estes que fundaram o chamado socialismo científico ou marxismo.
Este junto com Marx publicou o Manifesto Comunista (1848). De entre as suas obras, salienta-se A Origem da Família, da Propriedade Privada do Estado. Foi dos mentores mais influentes do socialismo internacional.
Karl Marx
Filósofo, economista e líder revolucionário. Karl Marx nasceu a 5 de Maio de 1818 em Trier, na Prússia, sendo filho do advogado Heinrich Marx e da holandesa Henriette Presburg. Os seus pais descendiam de uma longa linha de rabis. Apesar de ter sido educado numa escola luterana, Karl Marx haveria de rejeitar, mais tarde, a religião, tornando-se ateu e materialista. O aforismo “ A religião é o ópio do povo” é de sua autoria, tendo-se tornado um dos ícones do comunismo.
Para Marx, tudo não passava de um contínuo processo dialéctico, onde cada estádio do produto da tese (período pré - capitalista), antítese (exploração do trabalhador) e síntese (comunismo).
Fumador e bebedor inveterado, amante em excesso de boa cozinha, Marx adoeceu gravemente. Nos últimos 12 anos da sua vida, foi incapaz de produzir qualquer trabalho intelectual. Morreu na sua cadeira de baloiço a 14 de Março de 1883.Tinha 64 anos. Foi sepultado em Londres.

Fontes Pereira de Melo, por Sofia Coelho, 11ºC

Fonte pereira de Melo (1819-1887) foi um importante político português. No período da Regeneração os governos tentaram recuperar o atraso em relação aos outros países através da modernização da administração e desenvolvimento económico do país.
Foi criado o ministério das obras públicas ao qual Fontes Pereira de Melo se encarregaram.
Criou o primeiro troço das linhas férreas que ligava Lisboa ao Carregado e também a primeira linha telegráfica. Além dessas obras, iniciou a revolução dos transportes e das comunicações inaugurando carreiras regulares de barcos a vapor, os serviços postais e as redes telefónicas.
A sua promoção das obras públicas ficou conhecida como o fontismo, o perido que veio depois da regeneração.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O «Novo» Japão, por Bruno Inácio, 11ºC


Durante a era de tokugawa (1603-1868) o Japão era um país feudal, economicamente atrasado, e que permanecia isolado em termos de relações Internacionais comerciais e políticas. Em 1853, os Estados Unidos da América invadiram a baía de Uraga e forçaram o Japão a abrir-se ao comércio internacional. A partir de então iniciou-se um período de turbulência que perdurou até à chamada Restauração Meiji.
A restauração Meiji terminou com o sistema medieval que era vivido até então.
Nesta nova era, a era Meiji, a unidade política do país permitiu a centralização da administração pública, e a intervenção do Estado na economia. Isso, por sua vez, possibilitou reformas económicas que consistiram na eliminação de entraves e resquícios do modo de produção feudal, na liberação da mão-de-obra, e na assimilação da tecnologia ocidental, preparando o Japão para o capitalismo.
Os samurais foram extintos e os privilégios pessoais foram eliminados através de uma reforma agrária e da reformulação da legislação do imposto territorial rural. Após a morte do imperador Meiji, deu-se inicio ao período Taisho. O Japão enfrentou graves problemas que, se não fossem resolvidos, poderiam comprometer o seu crescimento económico. Eram problema do tipo de falta de matérias-primas e de fontes de energia.
Para tentar solucionar esse problema, o Japão investiu em seu poderio bélico, a fim de obter uma expansão militar. O exército japonês ocupou a Coreia, Taiwan, as ilhas Sacalinas e a Manchúria. Essa disputa, principalmente contra a China, conduziu o Japão à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, e à sua derrota nesta última.

A Hegemonia Inglesa, por Jéssica Ferreira, 11ºC

Clipper inglês do século XIX


A Inglaterra a partir do final do século XVIII dominava uma evolução técnica resultante do aperfeiçoamento mecânico que evidencia um claro avanço sobre os restantes países, tornaria – se uma potência difícil de igualar ou até mesmo superar.
Assim sendo, a inclusão da maquinaria no sector agrário facilitou o trabalho nas zonas rurais, assistindo – se a uma grande migração para as cidades e núcleos industriais. Foi no século XIX, que se verificou um crescimento do poder económico inglês fundamentado no liberalismo, aplicando – se as teorias: comercial e monetária de Robert Peel e com o impulso causado pela evolução da indústria. Foi o início da época áurea da Grã – Bretanha, que se tornou um exemplo a seguir para as outras nações. As formas de produção foram – se capitalizando e, assim, rentabilizando através da associação de diferentes processos. O desenvolvimento urbano das cidades originou – se através do crescimento demográfico e da emigração, a percentagem de pessoas que viviam nas cidades era sempre maior do que as que viviam no campo. O produto interno bruto (PIB) e o rendimento nacional subiam significativamente, equilibrando o crescimento demográfico. Este crescimento demográfico facilitou a criação de um mercado com mais necessidades e mais exigente, o que provocou o progresso do sector produtivo. A indústria foi a estrutura, que deu supremacia a Inglaterra e que veio sempre a crescer, ocupando a indústria algodoeira um lugar de destaque.
Todas estas transformações, bem como outras (a nível naval e de investigação), tornaram a Grã – Bretanha a principal potência económica do mundo no século XIX.

Jessica Ferreira, nº 13, 11ºC

A arquitectura do ferro , por Joana Moreira, 11ºC

Ponte de D. Luís, Porto


A Revolução Industrial influenciou a arquitectura da segunda metade do século XIX da seguinte forma:
- Novas necessidades e exigências;
- Novos matérias: ferro, cimento armado e vidro.

Apareceu então uma diferente arquitectura, marcada por estruturas metálicas, pelas coberturas de vidro e pelo carácter utilitário. São construídos pavilhões de exposições, estações ferroviárias, armazéns, mercados e pontes …
Nesta nova arquitectura o engenheiro substituiu em parte o arquitecto.
A obra mais famosa desta época foi a Torre Eiffel, construída nos finais do século para uma exposição mundial de Paris.
Em Portugal (PORTO) é de referir, o Palácio de Cristal e as pontes, D. Maria e D. Luís.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Independência do Brasil, por Joana Moreira, 11ºC

Retrato de D. Pedro IV

Os exemplos da independência dos Estados Unidos da América, da Revolução Francesa e de outras revoluções liberais na Europa influenciaram o Brasil.
Durante os 13 anos que D. João VI e a Corte estiveram no Brasil, este desenvolveu-se muito e adquiriu alguma autonomia. Com a Revolução de 1820, o rei regressou a Lisboa, e os colonos não aceitavam que o Brasil regressasse à sua anterior condição de colónia depois de outrora já ter sido considerado reino.
Quando D. João VI regressou a Portugal, deixou o seu filho D. Pedro como regente do Brasil. Em 1821, as Cortes de Lisboa resolveram retirar os privilégios que anteriormente tinham dado ao Brasil e exigiam o regresso de D. Pedro.
Assim o descontentamento dos colonos aumentou e convenceram D. Pedro a permanecer no Brasil. Posteriormente, D. Pedro comandou a «Revolta do Ipiranga» proclamando a independência do Brasil a 7 de Setembro de 1882.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Luís António Verney (O verdadeiro método de estudar), por Gabriela Martins 11ºC : )

Luís António Verney nasceu no ano de 1713 na cidade de Lisboa, morreu em 1792 em roma. Representante do Iluminismo em Portugal, estudou Filosofia na casa do Oratório localizada em Lisboa e também de Évora. Aos seus 17 anos de idade terminou o bacharelato em Filosofia licenciando-se depois dois anos na mesma área. Em Roma frequentou o curso de teologia e quando regressou a Portugal dedicou-se apenas ao ensino. A pedido do rei D. João V, Verney colabora com o processo de Reforma pedagógica de Portugal e contribui para uma aproximação profícua com os ventos do progresso cultural que animavam os espíritos iluministas dos europeus mais progressistas. Em 1749 viu-se obrigado a partir para Roma devido a problemas de saúde mas principalmente pela falta de compreensão dos seus compatriotas, nomeadamente, os cortesãos e o Marquês de Pombal. O ponto mais marcante da vida de Luís António Verney ocorrido em 1746 foi a edição da obra mais conhecida: ‘’ O Verdadeito Método de Estudar’’.

‘’O Verdadeiro Método de Estudar’’ é uma obra que contém dois generosos volumes. As suas págimas são de um progressismo bastante notável que motivou os leitores e originou grande polémica devido ás orientações pedagógicas defendidas como o acesso à mulher Educação. Esta obra é constituída por dezasseis cartas que o autor ‘’Barbadinho’’, (nome escolhido para ocultar a sua verdadeira identidade devido à omnipresença de um clima cultural avesso a obras de ruptura) escreve a um autor de Coimbra. Quando pensamos na referência a Itália, ele apressa-se por focar os seus contactos com os iluministas italianos, principalmente com o Ludovico António Muratori, com o qual se carteou, (comunicou através de cartas) sobre jurisprudência e Ensino. É também relevante o seu contacto com a realidade italiana, as suas escolas, hospitais e tribunais que eram dirigidos por directrizes modernas e eficazes.

O Romantismo, por Bruno Inácio 11º C



O romantismo em Portugal teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825, e durou cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã.
Fica aqui um excerto do poema “Camões”:
IX
“À monótona grita compassada
Da festiva companha se ala o esquife
Ao bordo erguido, donde desce às aguas.
Alegres, - como a noiva que franqueia
O limiar da paternal morada
No risonho cortejo que em triunfo
A leva às casas do ansiado esposo, -
Ao pintado escaler velozes saltam
Dos passageiros a ávida caterva.
Desce último o guerreiro pensativo.”

A Primeira Geração do Romantismo em Portugal vai de 1825 a 1840. Teve como principais autores Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho.
A Segunda Geração, ultra-Romântica, de 1840 a 1860 teve como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos.
A Terceira Geração, pré-Realista, de 1860 a 1870, aproximadamente, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

domingo, 8 de março de 2009

A aplicação da filosofia das Luzes: a Constituição americana, por Joana Moreira, 11ºC

Os textos da Declaração de Independência e da Constituição Política dos EUA, aprovada no ano de 1787, constituíram a primeira aplicação prática da filosofia das Luzes. De facto, estes documentos e o regime político eleito pelos revolucionários norte-americanos significaram o triunfo das teorias da soberania popular, da separação dos poderes, das liberdades e garantias dos cidadãos, enfim, do Liberalismo.
A Constituição de 1787 garantia:
· A separação entre os poderes: executivo, legislativo e judicial;
· A adopção do regime de República e do sistema de Estado Federal, em que o governo central se encarrega das finanças, da defesa e da politica externa; nos outros domínios da administração os estados federados são autónomos;
· A liberdade religiosa;
· A liberdade de expressão.
A Revolução Americana inaugurou um período de revoluções no Ocidente – as revoluções liberais - que ficou conhecido na História pelo « tempo das revoluções».

As “novas ideias” francesas, por Joana Moreira, 11ºC

A Revolução Francesa ocorreu nos finais do século XVIII, em 1789. O movimento revolucionário rebentou em Paris e espalhou-se rapidamente por toda a França.
Os revolucionários franceses, na sua maioria burgueses e gente do povo, querem acabar com o poder absoluto do rei e com os pesados impostos e obrigações que lhes eram exigidos pela nobreza e pelo clero.
Os revolucionários tinham “novas ideias”. Defendiam que todas as pessoas eram iguais perante a lei, isto é, todas tinham os mesmos direitos e deveres. O próprio rei tinha de obedecer às leis do país. Defendiam também que a liberdade era um direito de todos.

Por isso, o seu grito revolucionário era: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Surrealismo, por Luísa Vieira, 12ºC

Magritte
O Surrealismo foi um movimento de ideias que se estendeu a vários campos:em primeiro lugar à literatura-tendo André Breton como teórico do movimento(1.º Manifesto Surrealista,1924);às artes plásticas com Max Ernst;mais tarde ao cinema com Dalí e Buñuel(1.º filme surrealista:"Un Chien Andalou",1928 e o mais importante "L´Age d´Or",1931);à fotografia com Man Ray e à música com Erik Satie.
Iniciou-se em França por volta de 1919,o seu nome foi-lhe atribuído pelo poéta Apollinaire,em 1917,aquando da representação do bailado"Parade" de Erik Satie,em Paris.
No campo conceptual,este movimento surgiu à semelhança do Dada como reacção à cultura e à civilização ocidentais e a tudo o que elas representassem,em particular o racionalismo e o convencionalismo;a estes valores opuseram outros:a liberdade e a irracionalidade,através de obras que utilizaram o sonho,a metáfora,o ínsólito,o inverosímil,contribuindo para a elevação do espirito,separando-o da matéria;aplicando ensinamentos de Freud e da psicanálise e até as teorias de Marx.
Em termos estéticos baseou-se no Romantismo e no Simbolismo(finais séc.XIX),em especial nas obras de Gustave Moreau e Odilon Redon;manteve contacto com a pintura metafísica(Chirico)e identificou-se com trabalhos de Picasso e Klee.Esta visão do mundo não exclusiva dos surrealistas,já apareceu no passado com Bosch(1450-1516) e com Arcimboldo(1537-1593).
Comforme os ideais enunciados no Manifesto Surrealista,as obras deste movimento seriam executadas à margem da razão,sem moralismos ou preocupações estéticas racionalizadas;a associação de ideias seria livre segundo a prática do "automatismo psíquico".
Plasticamente,utilizaram influências técnicas do Dadaísmo:
»-colagem,fronttage,assemblage,dripping e decalcomania com Max Ernst.
»-"desenho e pintura automáticos"com Masson.
»-técnicas clássicas,formas fantasmagóricas e "trompe-l´oeil" com Dalí,Magritte e Yves Tanguy.



As temáticas variavam entre:
»-o erotismo,o onírico e o sonho que revelavam o inconsciente.
»-o mundo da magia e de todas as forças alheias à racionalização e o senso comum.

Os autores mais importantes foram os pintores:

Max Ernst (1891-1976)
André Masson (1896-1987)
Yves Taguy (1900-1955)
Salvador Dalí (1904-1989)
René Magritte (1898-1967)
Paul Delvaux (1897-1994)
Juan Miró (1893-1983)
Man Ray (1890-1976)
Francis Picabia (1879-1953)
Marc Chagall (1887-1985)

...e algumas obras de Klee e Picasso;e os escultores Hans Arp,Giacometti e Moore.

Gandhi - uma biografia, por Joana Silva, 12ºC

Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi nasceu no dia 2 de Outubro de 1869 na Índia Ocidental.
O seu pai era político, já a sua mãe era Vaishnavite religiosa.
Mahatma Gandhi celebrou o seu matrimónio com uma menina em que ambos tinham 13 anos de idade.
Vai para Inglaterra, mais propriamente Londres, onde em 1891 se forma em Direito. Volta para a Índia com o desejo de exercer a sua vocação.
Em 1893 inicia um movimento pacifista na África do Sul (também colónia Britânica), defendendo os direitos dos hindus.
Por volta de 1914 regressa a Índia onde difunde o seu movimento que consistia na resistência passiva. Disse não à colaboração com o domínio Britânico e difunde a não violência como forma de protesto.
Organiza uma greve contra os impostos em 1922 em que os manifestantes atearam fogo a um posto da polícia. Em 1924 declarando-se culpado é preso e condenado a 6 anos de prisão, mas no entanto sai em liberdade.
Viaja até Londres não esperança que a Inglaterra conceda a independência à Índia em 1930. Por lá, manifesta o seu poder organizando manifestações em direcção ao mar com o intuito de baixarem os impostos sobre o sal.
Em 1942 a Inglaterra manda o representante Sir Stafford Cripps a Nova Délhi para que se encontre com Mahatma e negoceie a independência tanto desejada.
No entanto Gandhi não aprova já que queria a independência total. Com isto organiza mais uma revolta em que é preso novamente e fica detido durante 2 anos.
Contudo quando Lord Louis Mountbatten se torna vice-rei há uma aproximação de ambos e nasce assim uma grande amizade.
A inimizade e a agressividade entre hindus e muçulmanos atingem o auge no verão de 1947 em que as ruas estavam saturadas de mortos. Os muçulmanos pretendiam ter o Paquistão como um estado independente. Mais uma vez Gandhi, defensor da paz, toma posição e realiza mais uma greve de fome como forma de protesto.
Mahatma alcança o que ninguém tinha conseguido até então, a Índia consegue a independência e forma-se o estado muçulmano do Paquistão.
A 30 de Janeiro de 1948, é assassinado por um hindu e tinha 78 anos de idade. As suas cinzas foram atiradas ao Rio Jumna, considerado sagrado para os muçulmanos.
Mahatma Gandhi será sempre recordado pela sua clara posição contra a violência!

A Conferência de Bretton Woods, por André Oliveira, 12ºC

Bretton Woods foi o nome dado a um acordo de 1944 no qual estiveram presentes 45 países aliados e que tinha como objectivo reger a política económica mundial. Segundo o acordo de Bretton Woods as moedas dos países membros passariam a estar ligadas ao dólar variando numa estreita banda de +/- 1%, e a moeda norte-americana estaria ligada ao Ouro a 35 dólares. Para que tudo funcionasse sem grandes sobressaltos foram criadas com o acordo Bretton Woods duas entidades de supervisão, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.

Preparando-se para reconstruir o capitalismo mundial enquanto a Segunda Guerra Mundial ainda grassava, 730 delegados de todas as 44 nações aliadas encontraram-se no Mount Washington Hotel, em Bretton Woods, New Hampshire, para a Conferência monetária e financeira das Nações Unidas. Os delegados deliberaram e finalmente assinaram o Acordo de Bretton Woods (Bretton Woods Agreement) durante as primeiras três semanas de Julho de 1944.

As experiências da Grande Depressão
Um alto nível de concordância entre os países sobre as metas e meios do gerenciamento económico internacional facilitou em muito as decisões tomadas pela Conferência de Bretton Woods. A fundação daquele acordo foi uma crença comum no Capitalismo intervencionista. Apesar de os países desenvolvidos diferirem quanto ao tipo de intervenções que preferiam para suas economias nacionais (a França, por exemplo, preferia um maior planeamento e intervenção estatal, enquanto os Estados Unidos eram favoráveis a uma intervenção estatal mais limitada), todos, no entanto, baseavam-se predominantemente em mecanismos de mercado e na noção de propriedade privada.

O surgimento do intervencionismo governamental
Os países desenvolvidos também concordaram que o sistema económico liberal internacional requeria intervencionismo do governo. Após a Grande Depressão, a administração pública da economia emergiu como uma actividade primeira dos governos de Estados desenvolvidos: emprego, estabilidade e crescimento eram então assuntos importantes da política pública. Com isso, o papel do governo na economia nacional ficou associado com a apropriação, pelo Estado, da responsabilidade de garantir a seus cidadãos um certo grau de bem-estar económico. O welfare state (estado protector) nasceu da Grande Depressão, que criou uma necessidade popular de intervencionismo estatal na economia, e das contribuições teóricas da escola económica Keynesiana, que defendia a necessidade de intervenção estatal a fim de manter níveis adequados de emprego

O surgimento da hegemonia dos Estados Unidos da América
A gestão económica internacional baseava-se na potência dominante para dirigir o sistema. A concentração de poder facilitou esta gestão na medida em que reduziu o número de elementos cujo acordo era necessário para o estabelecimento de regras, instituições e procedimentos e para levar a cabo o gerenciamento dentro dos sistemas em acordo. Esse líder foi os Estados Unidos da América. Como a potência com a economia e política mais avançadas do mundo, os EUA estavam claramente em uma posição ideal para assumir essa liderança.
Os EUA emergiram da Segunda Guerra Mundial como a mais forte economia do mundo, vivendo um rápido crescimento industrial e uma forte acumulação de capital. Os EUA não haviam sofrido as destruições da Segunda Guerra Mundial, tinham construído uma indústria manufactureira poderosa e enriqueceram vendendo armas e emprestando dinheiro aos outros combatentes; na verdade, a produção industrial dos EUA em 1945 foi mais do que o dobro da produção anual dos anos entre 1935 e 1939. Em comparação, a Europa e o Japão estavam dizimados militar e economicamente.
Quando a Conferência de Bretton Woods aconteceu, as vantagens económicas dos Estados Unidos eram indiscutíveis e esmagadoras. Os EUA tinham a maioria dos investimentos mundiais, da produção manufacturada e das exportações. Em 1945, os EUA produziam a metade de todo o carvão mundial, dois-terços do petróleo e mais do que a metade da electricidade. Os EUA eram capazes de produzir imensas quantidades de navios, aviões, automóveis, armamentos, máquinas, produtos químicos, etc. Reforçando a vantagem inicial e assegurando a liderança dos EUA no mundo capitalista os EUA detinham 80% das reservas mundiais de ouro e tinham não somente poderosas Forças Armadas, mas também a bomba atómica.
Na condição de maior potência mundial e uma das poucas nações não afectadas pela guerra, os EUA estavam em posição de ganhar mais do que qualquer outro país com a liberação do comércio mundial. Os EUA teriam com isso um mercado mundial para suas exportações, e teriam acesso irrestrito a matérias-primas vitais.
Os EUA não eram somente capazes de, mas também queriam, assumir essa liderança. Apesar de os EUA terem mais ouro, mais capacidade produtora e mais poder militar do que todo o resto do mundo junto, o capitalismo dos EUA não poderia sobreviver sem mercados e aliados. William Clayton, o Secretário de Estado assistente para Assuntos Económicos, foi uma das várias personalidades influentes na política estado-unidense que colocaram em evidência esse ponto: "Precisamos de mercados grandes mercados por todo o mundo, onde poderemos comprar e vender

A carta do Atlântico
Durante a guerra, os Estados Unidos da América imaginaram uma ordem económica mundial pós-guerra na qual os EUA pudessem penetrar em mercados que estivessem previamente fechados a outros blocos, bem como abrir novas oportunidades a investimentos estrangeiros para as empresas estado-unidenses, removendo restrições de fluxo de capital internacional.
A Carta do Atlântico, esboçada em Agosto de 1941 durante o encontro do presidente Roosevelt com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill em um navio no Atlântico norte, foi o mais notável precursor à Conferência de Bretton Woods. Assim como Woodrow Wilson antes dele, cujos "Catorze pontos" (Fourteen Points) delinearam os objectivos dos Estados Unidos para a pós-guerra da Primeira Guerra Mundial, Roosevelt lançou uma série de objectivos ambiciosos para o mundo pós-guerra antes mesmo de os EUA entrarem na Segunda Guerra Mundial. A carta do Atlântico afirmou o direito de todas as nações a igual acesso ao comércio e à matéria-prima. Além disso, a carta apelou pela liberdade dos mares (um objectivo principal da política estrangeira estado-unidense desde que a França e o Reino Unido ameaçaram navios estado-unidenses nos anos 1790), o desarmamento dos agressores e o "estabelecimento de um amplo e permanente sistema de segurança geral."

O Fundo Monetário Internacional, por André Oliveira, 12ºC

O desencadear da Grande Depressão de 1929-33 e da II Grande Guerra Mundial trouxeram a um grande número de países um rol de sofrimentos até então nunca vistos na sua dimensão quer esta seja medida em termos humanos quer em termos geográficos.
A crise económica, em particular, tinha provocado um conjunto de medidas e de comportamentos por parte das autoridades económicas dos países na época já mais industrializados que terão contribuído para o crescente agravamento daquela crise em vez de serem remédios para ela. À cabeça deste comportamento deve-se citar o conhecido por “empobrecer o vizinho”. Este consistiu numa política cambial que tinha como única preocupação assegurar, na medida do possível, a continuação da exportação de parte da produção nacional como forma de amortecer a queda da conjuntura económica do país.
Aquela política assentou, pois, na necessidade de assegurar a competitividade externa da economia e traduziu-se numa prática de desvalorização agressiva na medida em que procurava "exportar" para outros países o desemprego (daí a expressão inglesa acima referida) da moeda nacional.
Esta prática ajudou, como se disse, ao aprofundamento da crise e ao aparecimento das tensões entre os países que contribuíram para o estabelecimento do clima que levou à Segunda Grande Guerra Mundial.
Não admira, pois, que do esforço feito no final desta para estabelecer o quadro geral de convivência entre os países tenha feito parte a procura do aparelho institucional que impedisse, pelo menos neste caso, a repetição da História então recente.
Foi neste quadro que entre 1 e 22 de Julho de 1944 tinha a grande invasão libertadora da Europa começado há cerca de um mês e meio se reuniram nos Estados Unidos, na estância de férias de Bretton Woods, no New Hampshire, os delegados de 44 países do campo aliado ou neutrais.
Nesta reunião o que estava em cima da mesa era a proposta, inspirada por Keynes o pai da "revolução keynesiana" iniciada com a publicação do seu livro de marca em 1936, para a criação, pela primeira vez na história, de uma organização permanente de carácter supranacional que regulasse o sistema financeiro internacional.
Este, que assim passaria a ser regulado e vigiado permanentemente e não apenas através de conferências convocadas a espaços, deveria encorajar a irrestrita convertibilidade das moedas dos vários países e eliminar as restrições e as práticas como as desvalorizações competitivas de antes da Guerra que pusessem em causa o fluxo do comércio e do investimento internacionais. Este tinha sido um dos resultados daquelas desvalorizações, contribuindo para o agravar da Grande Depressão.
O resultado daquela reunião de Bretton Woods foi a criação não de uma mas sim de duas organizações supranacionais. Uma foi baptizada com o nome de Fundo Monetário Internacional e tinha por função principal a que se referiu acima. à outra, baptizada como o nome de Banco Internacional para Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD, mais conhecido de todos como sendo o "Banco Mundial De Reconstrução e Desenvolvimento") foi atribuída a missão fundamental de ajudar a financiar o processo de reconstrução económica dos países afectados pela Segunda Grande Guerra, principalmente os países europeus.
Na sequência da Conferência de Bretton Woods e das regras então adoptadas para a constituição daquelas instituições internacionais, os Articles of Agreement (Artigos do Acordo) que lhe deram vida entraram em vigor em 27 de Dezembro de 1945, quando se verificou a ratificação e consequente assinatura daqueles "Estatutos" por 29 países, correpondentes à subscrição de 80% do valor das quotas originalmente fixadas como sendo o "capital social" inicial do Fundo.
O FMI se auto-proclama como uma organização de 184 países, trabalhando por uma cooperação monetária global, assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de emprego e desenvolvimento económico sustentável, além de reduzir a pobreza.
O FMI foi criado em 1945 e tem como objectivo básico zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, notadamente através da promoção da cooperação e da consulta em assuntos monetários entre os seus 184 países membros. Com excepção de Coreia do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra e Mónaco, todos os membros da ONU fazem parte do FMI. Juntamente com o BIRD, o FMI emergiu das Conferências de Bretton Woods como um dos pilares da ordem económica internacional da pós-Guerra. O FMI objectiva evitar que desequilíbrios nos balanços de pagamentos e nos sistemas cambiais dos países membros possam prejudicar a expansão do comércio e dos fluxos de capitais internacionais. O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países membros e concede recursos temporariamente para evitar ou remediar desequilíbrios no balanço de pagamentos. Além disso, o FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece assistência técnica e tratamento para os países membros.
E tem como objectivos:
1. Promover a cooperação monetária internacional, fornecendo um mecanismo de consulta e colaboração dos problemas financeiros
2. Favorecer a expansão equilibrada do comércio, proporcionando níveis elevados de emprego, trazendo desenvolvimento dos recursos produtivos
3. Oferecer ajuda financeira aos países membros em dificuldades económicas, emprestando recursos com prazos limitados
4. Contribuir para a instituição de um sistema multilateral de pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios

Os Países que estão sempre permanentes são: os Estados Unidos Da América sendo o único país a ter acções com o poder de veto, o Japão, a Alemanha, a França, o Reino Unido, a China, a Rússia e a Arábia Saudita
No FMI e substituído o ouro pelo dólar para efeitos de troca, e apenas funciona entre Bancos Centrais.
O valor e determinado através da taxa média de câmbio pelos cinco maiores exportadores do Mundo que são: a França Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Cada país envolvido no FMI tem uma cota determinada através dos seus indicadores económicos entre eles o PIB. O país que mais contribuir para o FMI tem maior poder nas decisões a tomar. De 5 em 5 anos há uma revisão geral das cotas tendo o fundo o poder de propor ao país em questão um aumento nas cotas. O que pretender aumentar a sua cota terá que assinar um contracto onde pela sua honra se compromete a reduzir o défice e a estabilidade monetária.
André Oliveira, 12ºC

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

HO CHI MIN, por Tânia Ramos e Fátima Azevedo, 12ºC


Ho Chi Min nasceu em 1890 numa pequena aldeia vietnamita, filho de um professor rural. Tornou-se um dos mais importantes e lendários líderes nacionalistas e revolucionários do mundo do pós-guerra.
Quando ocorreu as Conferências de Versalhes, em 1919, para fixar um novo mapa mundial, o jovem Ho Chi Min, solicitou aos negociadores europeus que fosse dado ao Vietname um estatuto autónomo.
Em 1930, Ho Chi Min fundou o Partido Comunista Indochinês e em 1941 o Vietmihn (Liga da Independência do Vietname), para resistir à ocupação francesa.
Ho Chi Min morreu em Hanói em 2 de Setembro de 1969, de um colapso cardíaco, seis anos antes da reunificação do país.
Saigon, a capital do antigo Vietname do Sul, foi rebaptizada posteriormente com o nome de Ho Chi Min.

Trabalho realizado por:
Maria de Fátima Pinto Azevedo nº10
Tânia Sílvia Machado Ramos nº 11

A Carta do Atlântico, por Catarina, 12ºC


A Carta do Atlântico foi negociada na Conferência do Atlântico (codinome Riviera) pelo Primeiro-Ministro Britânico Winston Churchill e pelo Presidente dos EUA Franklin Roosevelt, a bordo do HMS Prince of Wales em Argentina, na Terra Nova e foi emitida como declaração no dia 14 de Agosto de 1941.
A Carta do Atlântico estabeleceu uma visão Pós-Segunda Guerra Mundial, apesar dos Estados Unidos ainda não estarem na guerra. Os participantes esperaram, em vão, a adesão da União Soviética, que tinha sido invadida pela Alemanha Nazista em 1941.
Em resumo, os oitos pontos eram:
Nenhum ganho territorial seria buscado pelos Estados Unidos ou pelo Reino Unido;
Os ajustes territoriais devem estar de acordo com os desejos do pessoal interessado;
As pessoas têm direito à auto-determinação;
Barreiras comercias devem ser excluídas;
Há-de ser uma cooperação económica global e avanço do bem-estar social;
A liberdade de desejo e medo seria executada;
# Há de ter a liberdade dos mares; # Desarmamento das nações agressoras em comum após a guerra seria feito.
No subsequente encontro Inter-Aliado em Londres no dia 24 de Setembro de 1941, os governos da Bélgica, Checoslováquia, Grécia, Luxemburgo, os Países Baixos, Noruega, Polónia, a URSS e a Jugoslávia, e os representantes do General Charles de Gaulle, líder da França Livre, aderindo unanimemente aos princípios comuns da política estabelecida na Carta do Atlântico.
Os países do Eixo foram interpretados, nesses acordos, como potencial aliança após a guerra. Em Tóquio, a Carta do Atlântico reuniu apoio para os militaristas no governo japonês, que forçou uma aproximação mais agressiva com os Estados Unidos e a Inglaterra.
Por outro lado, esse acordo provou ser um dos primeiros passos para a formação da ONU (Organização das Nações Unidas).
Declarações oficiais e documentos governamentais indicaram que Churchill e Roosevelt assinaram a Carta do Atlântico. Eles estavam tão íntimos que se chamavam pelo primeiro nome e brincaram de jogar pedras uns nos outros. Ninguém sabe onde estão, e nem se há copias assinadas. Porém, Henry Morton, que era do partido de Churchill, disse que não existe uma versão assinada. O documento foi discutido por muitos projectos de lei, diz Morton, e o texto foi telegrafado de Londres para Washington. O Gabinete Britânico de Guerra respondeu com aprovação semelhante ao que lhe foi telegrafado de Washington. Durante o processo, um erro apareceu no texto londrino, mas foi rapidamente corrigido.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A política regeneradora e o incremento dos transportes, por Joana Moreira, 11ºC

No primeiro governo da Regeneração foi criado o Ministério das Obras Públicas que foi entregue em mãos a Fontes Pereira de Melo. Este ministro foi de uma tal maneira importante que várias vezes se atribui a este período a designação de fontismo.
Fontes Pereira de Melo, encontrou o país com cerca de 200 quilómetros de estradas macadamizadas e isenta de linha férrea e telegráfica. No término do seu primeiro governo orgulhava-se das seguintes realizações:

· Construção de mais de 400 quilómetros de estradas e dezenas de pontes;
· Construção do primeiro troço de caminhos-de-ferro (Lisboa Carregado) e do inicio de mais duas linhas de caminhos-de-ferro (Vendas Novas e Sintra);
· Montagem da primeira linha telegráfica.

O reordenamento urbano pombalino, por Jéssica Ferreira, 11ºC

Lisboa Pombalina. Em primeiro plano, a Praça do Comércio

“O Reordenamento Urbano”

Na manhã de 1 de Novembro de 1755, ocorreu um violento terramoto em Lisboa. Foi acompanhado por um maremoto que arrasou o Terreiro do Paço e por um gigantesco incêndio.
Pombal encarregou os engenheiros Manuel da Maia e Eugénio dos Santos, de reerguer a cidade.
A reconstrução foi orientada de acordo com o racionalismo iluminista da época. As características a serem implementadas foram as seguintes:
-uso do traçado geométrico;
-as ruas tinham que ser largas e rectilíneas;
-eram proibidos todos os projectos particulares de forma a preservar a unidade do conjunto;
-adoptaram o sentido prático (demonstrado, por exemplo, no sistema da “gaiola”, anti-sísmico);
-valorizaram a burguesia (transformação do Terreiro do Paço em Praça do Comércio).

Jessica Ferreira, nº13, 11ºC